Resenha: A Desconstrução de Mara Dyer

Título: A Desconstrução de Mara Dyer - Livro 1
Autor: Michelle Hodkin
Editora: Galera Record
Número de páginas: 378
Gênero: YA/Sobrenatural.
Nota: 5/5

Sinopse: "Um grupo de amigos... Uma tábua ouija... Um presságio de morte. Mara Dyer não estava interessada em mensagens do além. Mas para não estragar a diversão da melhor amiga justo em seu aniversário ela decide embarcar na brincadeira. Apenas para receber um recado de sangue. Parecia uma simples piada de mau gosto... até que todos os presentes com exceção de Mara morrem no desabamento de um velho sanatório abandonado. O que o grupo estaria fazendo em um prédio condenado? A resposta parece estar perdida na mente pertubada de Mara. Mas depois de sobreviver à traumática experiência é natural que a menina se proteja com uma amnésia seletiva. Afinal, ela perdeu a melhor amiga, o namorado e a irmã do rapaz. Para ajudá-la a superar o trauma a família decide mudar para uma nova cidade, um novo começo. Todos estão empenhados em esquecer. E Mara só quer lembrar. Ainda mais com as alucinações - ou seriam premonições? - Os corpos e o véu entre realidade, pesadelo e sanidade se esgarçando dia a dia. Ela precisa entender o que houve para ter uma chance de impedir a loucura de tomá-la...."



Resenha: A Desconstrução de Mara Dyer é o primeiro volume da trilogia escrita pela autora Michelle Hodkin. Tudo começa quando Mara Dyer, Claire e Rachel resolvem brincar no famoso tabuleiro Ouija. O brinquedo é famoso por fazer com que os espíritos respondam as questões feitas pelas pessoas do grupo de forma direta, direcionando o dedo das pessoas a cada letra presente no tabuleiro formando respostas. Tudo vai bem até que Rachel decide perguntar como ela vai morrer e o tabuleiro responde com quatro letras: "M-A-R-A".
Seis meses depois, Mara acorda em um hospital sendo a única sobrevivente em um terrível acidente em um sanatório aos pedaços que matou suas amigas e seu namorado, Jude. Até então, Mara não se lembra de nada do ocorrido por mais que ela tente. Ela foi diagnosticada com estresse pós-traumático, mas talvez não seja tão simples assim... Seus pais resolvem se mudar para que Mara consiga se recuperar, tanto do acidente como da fatídica perda mas os pesadelos continuavam a persegui-la.
Em meio a toda essa confusão, Mara conhece Noah Shaw, que juntos, se ajudam e tentam descobrir uma forma para que ela não seja tomada pela loucura.

 Confesso que o começo do livro lembra um clássico-clichê-teen-americano em que uma garota problemática se muda para uma escola nova, conhece um bad boy, se apaixona e se ferra. Mas ao chegar na metade do livro eu percebi que não é bem assim. A Desconstrução de Mara Dyer é narrado em primeira pessoa, pela insana Mara Dyer. O leitor acompanha toda sua trajetória e começa a entender o porquê de tanta loucura.

 A obra é repleta de momentos paralisantes, daqueles que te fazem perder o fôlego e te faz reler umas dez vezes o mesmo parágrafo para ver se aquilo é mesmo real. O livro te arranca de suspiros a cabelos fazendo com que quem o lê não consiga largar o livro enquanto não o termina.
 De começo, o romance entre Noah e Mara tem um ar muito clichê e lembra muito a várias outras histórias do tipo, mas a autora faz questão com que você imediatamente retire esse pensamento da cabeça. O relacionamento de Mara com a família é algo bem sólido. Composto por momentos ruins geralmente gerados somente pela proteção, mas são bons em sua maioria. Seu irmão Daniel, sempre faz de tudo para que possa a ajudar nessa vida complicada e seu novo amigo Jamie também faz de tudo pelo seu bem.
 Os capítulos são bem curtos - coisa que eu amo - e a escritora sempre deixa o mistério para a última frase, fazendo com que o ambiente fique cheio de suspense e você não consiga cumprir aquele mantra famoso do"só mais um capítulo". O segundo livro da trilogia "A Evolução de Mara Dyer" já está a venda em algumas livrarias.


Encontre o livro "A Desconstrução de Mara Dyer" na:  Livraria Cultura e Saraiva.